No fim do século XVII a produção açucareira no Brasil enfrenta uma séria crise devido à prosperidade dos engenhos açucareiros nas colônias holandesas, francesas e inglesas da América Central. Como Portugal dependia dos impostos que eram cobrados da colônia a Coroa passou a estimular seus funcionários e demais habitantes a desbravar as terras ainda desconhecidas em busca de ouro e pedras preciosas.
A primeira grande descoberta deu-se nos sertões de Taubaté, em 1697, quando o então governador do Rio de Janeiro Castro Caldas anunciou a descoberta pelos paulistas.
Durante o século XVIII, auge do período de exploração do ouro no Brasil, diversos povoamentos foram fundados. Esta foi a medida encontrada pela Coroa para tentar acalmar um pouco o verdadeiro caos que se instalara na colônia com cidades inteiras sendo abandonadas por seus habitantes que saíam em busca de ouro nos garimpos.
Após a queda de produção do sistema de exploração aurífera de aluvião, passou a ser necessárias técnicas mais refinadas que exigiam a permanência por maior período do garimpeiro junto aos locais de exploração o que também contribuiu para o estabelecimento das vilas.
É nesse período que são fundadas as Vilas de São João Del Rei, do Ribeirão do Carmo, atual Mariana, Vila Real de Sabará, de Pitanguí e Vila Rica de Ouro Preto, atual Ouro Preto, além de outras.
Porém, a Coroa, que havia decretado o imposto do Quinto no começo das explorações, onde exigia que um quinto de tudo que fosse extraído seria dela por direito, ainda resolvera completar a carga tributária com mais impostos gerando uma série de insatisfações (incluindo a Inconfidência Mineira).
A exploração do ouro no Brasil teve grande importância porque deslocou o eixo político-econômico da colônia para região sul-sudeste, com o estabelecimento da capital no Rio de Janeiro. Outro fator importante foi a ocupação das regiões centrais no Brasil e não apenas no litoral como se fazia até então. A exploração aurífera possibilitou ainda, um enorme crescimento demográfico e o estabelecimento de um comércio/mercado interno, uma vez que os produtos da colônia não eram mais apenas para exportação como ocorria com o açúcar e o tabaco do nordeste e fez com que surgisse a necessidade de uma produção de alimentos interna que pudesse suprir as necessidades dos novos habitantes.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Exploração Açucareira
O início da efetiva ocupação territorial da colônia, a partir de 1530, fez com que Portugal estabelecesse sua primeira empresa colonial em terras brasileiras. Em conformidade com sua ação exploratória, Portugal viu na produção do açúcar uma grande possibilidade de ganho comercial. Como o governo português não possuía recursos suficientes para isso, contou com o auxílio da burguesia holandesa, enquanto Portugal explorava economicamente as terras com a criação das plantações e engenhos, os holandeses emprestavam dinheiro e realizavam a distribuição do açúcar no mercado europeu.Para extrair lucro máximo na atividade açucareira,
Portugal favoreceu a criação de plantations destinadas ao cultivo de açúcar. Essas plantations consistiam em grandes expansões de terras (latifúndios) controladas por um único proprietário (senhor-de-engenho). Esse modelo de economia agrícola, orientado pelo interesse metropolitano, acabou impedindo a ascensão de outras atividades para fora dos interesses da economia portuguesa. Além de restringir a economia, a exploração do açúcar impediu a formação de outras classes sociais intermediárias que não se vinculassem à produção agrícola e ao senhor-de-engenho. Na base desta pirâmide social estariam os escravos africanos trazidos das possessões coloniais portuguesas na África. Além de oferecerem mão-de-obra a um baixíssimo custo, o tráfico de escravos africanos constituía outra rentável atividade mercantil à Coroa Portuguesa. O engenho, centro da produção de açúcar,organizava-se de modo que, a sede administrativa do engenho fixava-se na casa-grande, local onde o senhor-de-engenho, sua família e demais agregados moravam. A senzala era local destinado ao precário abrigo da mão-de-obra escrava. As terras eram em grande parte utilizadas na formação de plantations, tendo uma pequena parte destinada a uma restrita policultura de subsistência e à extração de madeiras. Separada do espaço do cultivo da cana, existiam outras instalações que davam conta do processamento da cana-de-açúcar colhida. Na moenda, na casa das caldeiras e na casa de purgar ocorria o beneficiamento de toda a produção recolhida. Esse era um processo inicial para o transporte do açúcar que, ao chegar à Europa, ainda sofreria outros processos de refinamento.

segunda-feira, 27 de julho de 2009
Exploração do Pau-Brasil
A exploração da árvore do pau-brasil veio a ser a primeira atividade econômica empreendida pelos portugueses em território brasileiro. A árvore possuía espinhos em seu tronco e galhos duros e pontiagudos, com flores. Sua casca é pardo-acinzentada ou pardo-rosada, e seu miolo vermelho, chegando a atingir até 40 metros de altura.
Os índios a utilizavam na produção de arcos e flechas e na pintura de enfeites, antes mesmo dos portugueses chegarem. Porém a famosa brasileína – essência corante extraída da madeira, utilizada no tingimento de tecidos e na produção de tintas para desenho e pintura – era o que poderia render lucros e dividendos à Coroa. Portugal, que antes adquiria esta substância pelos mercadores que vinham do Oriente, visualizando o lucro, tornou a exploração do Pau-Brasil posse exclusiva da Coroa.
Os índios a utilizavam na produção de arcos e flechas e na pintura de enfeites, antes mesmo dos portugueses chegarem. Porém a famosa brasileína – essência corante extraída da madeira, utilizada no tingimento de tecidos e na produção de tintas para desenho e pintura – era o que poderia render lucros e dividendos à Coroa. Portugal, que antes adquiria esta substância pelos mercadores que vinham do Oriente, visualizando o lucro, tornou a exploração do Pau-Brasil posse exclusiva da Coroa.

Era proibido aos colonos explorar ou queimar a madeira corante. Os espanhóis, devido o que dizia o Tratado de Tordesilhas, retiraram-se do litoral brasileiro, ao contrário dos piratas franceses que, ignorando o tratado, passaram a extrair a madeira ilicitamente, inclusive lançando fogo na parte inferior do tronco, causando muitos incêndios, o que veio a provocar sérios prejuízos à mata.
O fim do ciclo econômico do Pau-Brasil ocorreu no século 19, pela enorme carência da espécie nas matas e pela descoberta de um corante não natural correlativo. No ano de 1530, em alguns locais litorâneos, o pau-brasil já é insuficiente, apesar do Brasil ter mantido a exportação da madeira até o início do século XIX. A exploração era grosseira, destruindo boa parte de nossas florestas. Do início de seu tráfico restou somente 3% de Floresta Atlântica e, por conseqüência, convivemos até hoje com o desmatamento indiscriminado que coloca em perigo nossa biodiversidade.
domingo, 12 de julho de 2009
Pajerama
Pajerama é um vídeo que nos faz refletir as diferenças e também ingenuidades dos indíos com os não-índios. Podemos imaginar como se sentiam os índios com os costumes diferentes dos europeus, claro que no vídeo é um pouco mais radical, mas vale a pena assistir!
Primeiros habitantes do Brasil - Índios

Não se sabe ao certo, mas muitos estudos indicam que no início do século XVI havia entre 2 e 4 milhões de índios, que pertenciam a mais de mil povos e falavam mais de mil línguas diferentes.
Se compararmos com o número de indígenas que existem hoje no Brasil, cerca de 600 mil, notamos que houve uma enorme diminuição dessa população.
Muitas foram as causas, mas um número enorme de indígenas morreu por causa das doenças trazidas pelos colonizadores europeus, como por exemplo a gripe, o sarampo, a coqueluche, a varíola e a tuberculose, e diferente dos europeus eles não tinham anticorpos desenvolvidos contra essas doenças, sem defesas, as doenças se tornavam epidemias e matavam muitos.

Antes do contato com os não-indígenas, os povos indígenas não estabeleciam limites territoriais fixos. Eles andavam muito. Faziam longas viagens para procurar recursos naturais em locais distantes de suas aldeias - passavam longos períodos caçando e pescando, viajavam para buscar remédios e coletar frutas e mel, dentre muitas outras atividades.
Mas mudou tudo no processo de colonização e de ocupação do Brasil pelos portugueses, a ocupação se deu de forma violenta e desrespeitosa. Os colonizadores invadiram os territórios indígenas, expulsando, assim, os povos que ali tinham sua história. Aqueles que sobreviveram às epidemias e guerras fugiram para territórios mais distantes daqueles tomados pelos europeus.
Hoje, os índios estão por todo território nacional. Uma parte da população indígena vive nas cidades, mas a maioria vive em territórios chamados de Terra Indígena, que é um

É o lugar que um determinado grupo ocupa de forma permanente e segundo suas tradições culturais. É nela que se realizam as atividades necessárias para sua sobrevivência cultural e física, como a pesca, a caça, a coleta e o plantio. A continuidade da vida dos povos indígenas está diretamente relacionada à qualidade do ambiente em que vivem: a pureza dos rios e igarapés, a presença em abundância de determinadas espécies de plantas e animais.
sábado, 4 de julho de 2009
Brasil descoberto ou invadido?

Pedro Álvares Cabral foi o comandante da primeira expedição portuguesa que veio ao território que mais tarde recebeu o nome de Brasil, as 13 caravelas lideradas por ele chegaram no dia 22 de abril de 1500. Dizem que este grande território foi descoberto nesse dia e para muitas pessoas a história do Brasil começou aí.
É assim que muitos livros didáticos ensinam, mas muita história acontecia por aqui antes da chegada dos portugueses...
Quando falamos que o Brasil foi descoberto, que os portugueses descobriram o Brasil e etc. estamos cometendo um erro. Demonstramos que não sabíamos das populações indígenas que já existiam, desprezando sua cultura, sua história. Ou até podemos dar impressão que eles não eram nada importantes, inferiores aos portugueses.
Além de tudo, antes da famosa chegada em 22 de abril de 1500, três navegantes europeus já tinham pisado aqui antes, mas não puderam espalhar suas descobertas.
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